A Cidadania e os seus "Movimentos..."

Amigos margaritenhos, em 1º lugar quero dizer-vos que concordo com o Almeida, no que respeita à dinâmica deste blog. Também acho que está a perder um pouco de gás, isto é, os elementos do grupo estão, por uma razão ou por outra, a deixar de escrever no blog.

Volto a coclocar algumas questões que levantei há uns tempos:

1. Onde andam os posts do Bidarra?
2. O que pensa ele dos posts dos outros margaritenhos?
3. Cruz, tás aí? Não ouço falar de ti há muito tempo. Vê lá se te esforças um pouco e escreves uma coisistas... Os outros também trabalham...
4. O Pilhas parece estar no meio da selva, onde não há tecnologias... Ainda não tem internet...
5. E o nosso amigo Tiago Salgueiro? Quem sabe dele? O que anda a fazer? Onde? Não escreves porquê? Volto a dizer que todos trabalhamos. É preciso é perdermos um pouquinho de tempo com os nossos amigos margaritenhos.

Nota: Nem todos temos a qualidade de escrita e retórica do nosso amigo Almeida, mas todos sabemos escrever. Nem que seja para comentar os posts dos outros...

Quero dizer-vos que, da minha parte, tenho andado um pouco adoentado (constipações e gripes manhosas...) mas que não deixarei de escrever e/ou comentar no blog. A dinâmica depende de todos e de cada um...

Pequena nota: Parece que ninguém fala do último fim-de-semana desportivo... :) Também foram só 3 no estádio da luz... eheheheheheheeheh... Por acaso fiquei chateado. Podiamos ter goleado por 5 ou 6, mas enfim... fica para a próxima!

Agora deixo-vos com mais um artigo da rádio portalegre. Um grande abraço a todos!

Um Movimento de cidadania!


Manuel Alegre, após as eleições que elegeram Aníbal Cavaco Silva como Presidente da República e que lhe deu cerca de 20%, irá criar um movimento de cidadania.
Defende que a participação cívica não se esgota nos partidos, que há cidadãos que não se revêem na conjuntura político/partidária e que este movimento que pensa criar pode ser movimento aberto, plural e transversal de cidadãos", com base na estrutura de apoio à sua candidatura às presidenciais, orientado para a "discussão de grandes temas".
Este movimento, diz Alegre, “será orientado para a discussão dos grandes temas" do "contrato presidencial" que deu origem à sua candidatura a Belém. Esses temas incluem assuntos como a justiça a desertificação do território, a igualdade de género ou a corrupção.
É, na minha opinião, uma iniciativa interessante do ponto de vista da saúde da nossa democracia, visto que este movimento pretende apenas (diz Manuel Alegre) intervir nos grandes temas da nossa sociedade.
Mas o que poderá fazer concretamente um movimento de cidadania?
O que pretenderá Manuel Alegre com este movimento?
Será apenas um local de reflexão sobre os grandes temas nacionais?
Ou quererá fazer uma oposição cerrada a José Sócrates fora do parlamento?
Manuel Alegre não desvenda todos os objectivos deste movimento, mas vai acrescentando:
"Decidimos que este movimento não é convertível num partido político. Não se faz um partido político. Mas este movimento vai continuar como um movimento de cidadãos, um movimento aberto, plural, transversal, sem estruturas rígidas, orientado para a discussão dos grandes temas do meu contrato presidencial e outros que vão surgindo".
Manuel Alegre não desvenda por enquanto todas as suas intenções, nem esclarece se vai ou não abandonar o lugar de deputado na bancada do Partido Socialista e de Vice-Presidente da Assembleia da República.
É conveniente que não demore muito a decidir, porque os portugueses querem saber quem são os deputados que os representam, que ideias têm e como pretendem actuar como membros eleitos da Assembleia da República.
A nossa democracia precisa urgentemente de revitalização, de iniciativas que promovam a discussão sobre os grandes temas, que proponham alternativas, que sugiram soluções.
Os partidos políticos têm que perceber que os cidadãos são a principal força crítica da nossa sociedade, são quem interessa ouvir e compreender. O centro de decisões não pode continuar a ser um conjunto de pessoas que, ou por oportunismo ou por vaidade, se alistem nos partidos e decidam a seu bel-prazer o futuro dos portugueses. Há indicadores importantes que os partidos políticos têm que perceber. Um deles é a abstenção elevadíssima que existe em Portugal.
Das duas uma, ou os portugueses são maioritariamente desinteressados dos grandes temas nacionais, o que não me parece ser verdade, ou os nossos políticos ainda não perceberam que não estão a seguir o melhor caminho.
Temos que envolver o maior número de pessoas nas grandes problemáticas nacionais, nas grandes discussões. Não é só no nas eleições que os políticos devem aparecer para falar com a população. Têm que aparecer precisamente quando não há eleições, organizar sessões de esclarecimento, palestras, workshops, seminários, acções de formação, enfim, participar e envolver o maior número de pessoas.
A participação do maior número de cidadãos nos momentos de reflexão, análise e decisão é um imperativo nacional, e um indicador de evolução da nossa democracia.

Filipe Mouzinho Serrote