quinta-feira, dezembro 01, 2005

HISTÓRIA RECUPERADA!!!

Caros Margaritenhos:

Em tempos comecei as histórias memoráveis e intermináveis, no blog da ARCA. Atendendo a que elaborei duas, de dois margaritenhos e pudendo alguns de vós, não ter lido, vou repô-las neste nosso blog, até porque desta forma ficarão em arquivo.

HISTÓRIA MEMORÁVEL E INTERMINÁVEL I (Fev.05)

Joãozinho d'Alegrete era um rapazola, estudante e boémio na Diversidade da Beira Interior. Se Zimbra lhe estava no coração, Porto Alegre era dono das suas raízes (como tanto ele referia!). Mas Joaõzinho d'Alegrete desde cedo mostrou queda para o desporto. Praticou hóquei em patins, futebol e por último aquele desporto da elite, em que os papás têm que ter papel para comprar as raquetes mais sofisticadas, refiro-me pois, ao ténis.

Com uma infância e adolêscencia extremamente feliz, Joãozinho d'Alegrete sempre deu grande importância aos valores da família. Nessa altura, dava também grande importância a três coisas fundamentais:

aos escuteiros, essa antiga e nobre instituição que o ensinou a vestir aqueles uniformes manhosos, meiinha sempre até ao joelho e a praticar a boa acção do dia ( a sua célebre expressão "eu nunca faria isso!", que vamos tratar mais á frente, pensamos vir já destes tempos e destes ensinamentos);
Lagartos Club de Portugal, clube esse que na sua infância e adolescência só lhe trazia dissabores, pois longo foi o jejum que este clube teve em termos de títulos. Cremos que este seu masoquismo em ser lagartista lhe foi incutido por seu pai JJ d'Alegrete, também ele acérrimo defensor do clube da burguesia;
a uma menina, de seu nome Bera, que era a sua mais que tudo. Por ela Joãozinho d'Alegrete movia montanhas, ultrapassava barreiras, enfim cometia as mais variadas loucuras, próprias de um jovem com os sentimentos á flôr da pele... Muitas das provas relativas ao que eu estou a dissertar podem ser encontradas numa mala de madeira, ainda na sua posse, fechada a 7 chaves com o nome Dinamite (vá-se lá saber porque!!)

Mas o que é bom sempre acaba. Joãozinho d'Alegrete deu uma grande volta á sua vida. Abandonou os escuteiros, por manifesta falta de tempo, pois entretanto, começou a sair para a noite de Zimbra, sempre que tinha permissão de Bera. Bera esta que acabou por não levar ao altar. Depois de mais de 1000 dias de namoro, rescindiram (nunca soubemos se litigiosamente, se amigavelmente) o compromisso que os unia. Foi um grande abalo para si, e para toda a comunidade que o envolvia...

Sim, em toda a comunidade. Joãozinho d'Alegrete sempre foi uma referência nas várias comunidades em que estava envolvido, pois tinha características de bom amigo, bom conselheiro e aparentava ter uma maneira moderada de ser, tornando-o muitas vezes num líder natural. Seria por isso natural que a sua vida fosse um livro meio aberto...

Antes mesmo de entrar na Diversidade da Beira Interior, e sendo ele um rapaz trabalhador e um lutador pelos seus objectivos, decide ir trabalhar para salva-vidas... Naquela praia de Zimbra ele fazia sucesso, as moças só iam para a praia para ver o Banheiro Joãozinho d'Alegrete. E com aquele seu jeito simpático e atencioso, não era difícil chegar á fala com a mulherada, até porque fisicamente era bastante recomendado. Dessas 777 que conheceu, umas melhor que outras, uma lhe ficou mais no goto: uma tal Amora Sargentão. Amora Sargentão era uma bela menina, tipicamente a betinha da cidade que devora centros comerciais. Fisicamente dotada de bons recursos, era o seu interior que tb cativava Joãozinho d'Alegrete. Moça afável, carinhosa e com um coração do tamanho do mundo...

Coração esse que gelou quando soube que o seu amado, ainda que recente, ia estudar para Covil da Lã, na Diversidade da Beira Interior no Curso Ciências da Bola. As informações que tinha era que as praxes eram terríveis e que as veteranas eram muito severas e não davam muita margem de manobra... ou marchavam, ou marchavam... E para mais estavam separados á altura mais de 6 horas de viagem... Tudo era duro... Talvez por isso muitos cortes na relação houve, muitas facturas da tmn recheadas, enfim coisas naturais de namoros á distância,em que é o namorado que está fora, e logo no Covil...

Ao entrar na D.B.I, e ao fim de um ano de ambientação, junta-se a mais três mosqueteiros e decidem coabitar o mesmo espaço, que designaram por FRIGORÍFICO. FRIGORIFICO era uma pacata casa, onde tudo se passava e nada se sabia... as bombas explodiam com uma frequencia vertiginiosa. Com ele morava um tal de Moreno da Encarnação vindo de Ó-De-Mira e Ti Ago Sem Medo, vindo de Mouraria. Existia mais um elemento que não lembramos mais. Mas destes e desta casa, falaremos em oportunidades futuras!

Nesta sua nova etapa, muitas histórias teríamos para contar. Contudo só vamos referir algumas coisas pontuais:

o seu Lagartos Club de Portugal lá acabou por ganhar qualquer coisinha, o que fez com que cortasse a sua volumosa gadelha, que prometera só cortar quando fossem campeões(promessa aos 14 anos, ganda maluco!!!!);

Amora Sargentão, lá resistiu a ventos e marés, nevões e tufões, enfim, a tudo que de dificil poderia enumerar, e espera-se que este ano e ao fim de mais de 2507 dias de namoro, as anilhas sejam colocadas no anelar esquerdo;

Converteu-se ainda mais num defensor do partido dos Laranjas, mais uma vez influenciado por seu pai JJ d'Alegrete e pelas crónicas escritas no expresso por muitos sulistas, elitistas e liberais, mesmo vendo as barbaridades que este partido ia fazendo;
o curso, com muito custo, foi concluido;

Tirou outro curso nocturno, com todos os perigos e riscos inerentes, mas como ele dizia,"o que importa é o social"! Nesta fase muitas vezes teve que engulir a sua velha máxima - "eu nunca faria isso!" Comeu e enguliu isso como muito mais coisas;
criou juntamente com dois sócios a empresa Desafios PortaFora, que se espera ser o albergue laboral de muitos dos seus colegas e amigos;

No ténis, participou em vários torneios universitários, impulsionado pelo seu colega Ti Ago Sem Medo. Mas como o seu osgudechlater (uma lesão no joelho mais grave que a do Mantorras!), não o ajudava, decidiu pendurar as suas 10 raquetes, só as usando quando tinha convites para fazer, além do habitual cafezinho, a uma qualquer pessoa interessante;

Hoje, Joãozinho d'Alegrete pensamos que trabalha na Câmara Municipal de Porto Alegre, bem junto das suas raízes, habitando uma das suas 7 casas que tem pela região...

Numa próxima oportunidade, falaremos de outras personagens, ou de histórias especícificas onde tenha entrado Joãozinho d'Alegrete e demais convivas que com ele partilharam aqueles anos dourados.

Um grande abraço,

O Contador de Histórias

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