HISTÓRIA RECUPERADA II!!!!

Vejam se reconhecem esta personagem e se acham que ainda é actual a sua descrição...

HISTÓRIA MEMORÁVEL E INTERMINÁVEL II

Depois de longa ausência, regresso com a história memorável e interminável, no seu segundo capítulo. Hoje vou falar-vos de um tal Moreno da Encarnação, personagem já referenciada na primeira história. Moreno da Encarnação é um rapazola oriundo de terras de Além Tejo, mais precisamente de Ó-De-Mira. Tal como Joãozinho d'Alegrete, entrou na Diversidade da Beira Interior no longínquo ano de 1997. Mas dessa etapa e etapas posteriores falarei mais adiante.
Moreno da Encarnação, desde a sua infância sempre foi um rapaz destemido e aventureiro... Sempre dono das brincadeiras, afável e amigo, por vezes, deixava as traquinices a meio, abandonava os amigos, quando as coisas mais lhe convinham... Caracteristica que manteve nos seus tempos de estudante, ou seja, as suas fugas prematuras quando andava na noite do Covil da Lã!!

O desporto sempre lhe esteve nas veias: jogou futebol, mas foi no remo\canoagem que ele se destacou... Já na altura tudo que metesse líquido era com ele. Na sua adolescência, encanta-se por uma bela moça da sua terriola, de seu nome Amarilia. Parece que os dois faziam furor, eram mesmo considerados uns verdadeiros vulcões, tal a energia que era dissipada quando estava, juntos... Consta que Moreno da Encarnação, na altura, carregava as suas presas para um casebre que tinha para os lados de Vila Velha de Milpontes... Por isso, aquela casa não era conhecida só por Amarilia, mas tambem pelas outras 77 (nota: já sabem que qualquer número tem que acabar em 7!!!!)... Mas devido aos seus impetos e vontades poligâmicas, Moreno da Encarnação acaba esse namorico. Entra na Diversidade da Beira Interior e aí a sua vida muda radicalmente...
Envergonhado nos primeiros tempos, apenas precisou da primeira taina para mostrar os seus cabelos no ar (caracteristica que lhe era comum sempre que bebia mais um pouco, além dos berros, grunhidos estranhos e beijos na boca em seres do sexo masculino!!) Depois de morar no primeiro ano em sitios duvidosos, junta-se a Joãozinho d'Alegrete, Ti Ago Sem Medo e uma tal quarta pessoa que continuo a não recordar bem... É a partir daí que este nosso jovem, posteriormente apelidado de minhoca (vá-se lá saber porque!!), desenvolve todas as suas capacidades:

nos estudos, ia levando a água ao seu moinho, ainda que tremesse como varas verdes nas famosas orais da licenciatura em Ciências da Bola;

desenvolve o famoso método do gráfico enzimático nas suas bebedeiras, onde o pico de saturação se desenvolve rapidamente e depois vai aumentando pouco gradualmente, o que lhe permite ser um verdadeiro rei da noite, um todo terreno que embala e só para numa qualquer residência;

relativamente a gaijedo, fez questão de ter sempre uma mais que tudo a seu lado... mas ia trocando, com a mesma velocidade que trocava a foto numa moldura oferecida por uma das primeiras vítimas...

o seu telémovel era a coisa que ele mais adorava. Poucos minutos do dia passava sem ele na mão, sem ele ou sem eles, sim porque mediante as redes das suas conquistas, lá tinha que ir trocando os cartões dos vários operadores;

É nesta altura que Moreno da Encarnação desenvolve um pensamento por si criado "Eu sou sempre fiel... aos meus príncipios!" Princípios esses fundamentados nas suas atitudes alcoolicas e libidinosas... Até porque gaiata que fosse mordida por aquela minhoca, parecia ficar petrificada e vidradamente interessada no nosso Moreno, e mesmo os seus frageis defeitos eram esquecidos...

Do seu quarto saia sempre um aroma bafiento, qual cheiro a corpos que se uniam toda a noite na troca de auges e loucuras... Quando o quarto se tornava demasiadamente pequeno, podia sempre utilizar o quarto do Potro Salazar, que ele era como um túmulo: tudo que via guardava para si...

Das suas últimas aventuras (penso eu!), nasceu um romance com Analu Iza. Moça de coração doirado, eterna sonhadora, lá tentava "educar" o seu amorzinho... já lhe conhecia bem a tempera, e lá lhe ia dando a volta... Ao que parece, recentemente uma viagem a terras de Vera Cruz deitou tudo a perder. Num confronto de ideias, decidem colocar um términus em tão pacifica relação... para Analu Iza terras de Vera Cruz representavam mil e um perigos, para

Moreno da Encarnação representava mil e uma motivações. Visões claramente antagónicas da questão...

Hoje, pensamos que está na sua terra natal, tendo regressado mais maduro e possivelmente arrebatador de corações mais adultos e mais solitários (trintonas que se cuidem, o minhoca não facilita!!!). Trabalha na Câmara Municipal de Ó-De-Mira ao ritmo do alentejo profundo: devagar e devagarinho!!!

Aguardem novas histórias, que se o tempo e a técnica o permitir estarão de regresso bem em breve...

Um abraço do Contador de Histórias

P.S. De referir que qualquer semelhança com a realidade, não é pura coincidencia!!!!!!