Volvido que está um mês de existência do blog, quer-me parecer que estamos um pouco aquém das expectativas. Se em termos de posts, poderia estar melhor, embora esteja razoável, em termos de comments e visitas, estamos francamente mal. Neste momento temos 164, e pelas minhas contas se cada um dos oito, viesse uma vez por dia ver o blog, neste momento teriamos perto de 250 visitas (para não contar com as visitas das outras pessoas, a quem desde já agradeço, visto serem certamente pessoas das nossas relações). Os comments são a essência dos posts. Claro que é frustrante escrevermos algo e ninguém comentar, assim como é altamente motivante o oposto.
Mas como se costuma dizer, Ano Novo, Vida Nova. E espero que realmente isso aconteça. Que neste novo ano cada um de nós dê um pouco mais de si, não apenas em prol deste blog, mas sim em prol da nossa amizade (ainda ouviremos várias vezes a frase: se não fosse o blog, não estaríamos aqui - acredito nisso).
Depois deste reparo e deste pedido, queria falar desta época natalícia. Sei que por vezes tenho posições e ideias meias radicais.
Mas aqui vai!! Esta época, na minha forma de ser e de estar, faz-me ter tendências contraditórias (sim, evolutivas!!! lol): quanto mais gosto do Natal, que para mim representa estar com a minha família, também mais o odeio por ver nas pessoas uma visão tão fútil e consumista do Natal. Possivelmente, esqueço um pouco a parte religiosa da questão, mas sinto o Natal como a oportunidade de reunir pessoas que cada vez mais se torna dificil. Irrita-me solenemente a correria aos brindes, ás prendas, parecendo que quanto mais cara for a prenda, mais estamos a festejar o Natal. Que raiva!!!! As pessoas parece que andam loucas, nas ruas, nos centros comerciais, enfim é uma luta desenfreada, que acaba logo que se abrem as prendas. Mais: existe outra hipocrisia - os donativos que se fazem, as preocupações sociais nesta altura. Depois querem que acredite na frase o Natal devia ser todos os dias. Todos dias???? Não havia bolso que aguentasse. Assisto a isto com uma revolta interior. Sei que também deveria fazer mais, mas pelo menos se não faço, não me armo em bom samaritano que dá uma vez por ano qualquer coisinha a uma instituição ou causa e se julga o maior.
Gosto de ir na rua, com o frio a apertar, a ouvir as músicas de Natal e a ver as luzinhas que dão um colorido bonito. Nessa altura sinto uma Paz interior e sinto o Natal na sua essência. Já não gosto da expressão repentina, repetida e muitas vezes automatizada: "Bom Natal". As pessoas dizem muitas vezes sem pensar, sem ter a noção do seu significado, nem tão pouco do seu significando (já dava para positiva a SAD I ?). As pessoas deveriam dizer com o seguinte significado: "boa reunião de família, muita amizade e paz"; em contrapartida naquelas iluminadas cabeças (que nada tem a ver com as luzinhas de natal) o pensamento é o seguinte: "vá, espero que logo tenhas bué de prendas, bem caras e que não te falte nada" (material, entenda-se)...
Claro está, que cada pessoa é um caso, e cada um festeja o Natal como bem entender...
Por último, queria desde já desejar, dentro do meu quadro de referência, um Bom Natal e Um Ano Novo com 366 Natais!!!
Um grande abraço a todos, especialmente aos meus grandes amigos Margaritenhos!!!
2 comentários:
É verdade amigo Almeida, por vezes nem nos damos conta, e estamos a comprar tudo e mais alguma coisa para toda a gente e nem percebemos bem o seu significado. O Natal é também para mim, uma época em que posso estar com a minha família, com algum tempo a conversar, calmamente. É também uma época de reflexão interior e colectiva, visto estarmos a terminar mais um ano, e como é apanágio nestas épocas, devemos repensar a nossa postura, atitude e comportamento em relação ao mundo que nos rodeia.
Mas antes de tudo isso, é uma época religiosa, não podemos dissociar de maneira alguma. É predominantemente uma época religiosa, em que celebramos o nascimento de Jesus. Todos celebramos consciente ou inconscientemente, porque, se estamos, no dia em que Jesus nasceu, a festejar com a família (e podemos nem sequer estar a pensar nisso!), é evidente que também festejamos esse acontecimento.
Uma palavra final para ti Almeida:
Não te preocupes com o facto das pessoas serem consumistas no Natal (melhora a economia e o Governo agradece), nem com o facto de que só nestas épocas é que algumas pessoas se lembram se serem solidarias para com os desfavorecidos. Pelo menos são nestas épocas e as pessoas carenciadas agradecem. Nós também o podiamos ser pelo menos um ou dois dias por semana durante o ano...
Bem amigo Almeida, um Feliz Natal para ti junto dos teus.
Filipe Mouzinho Serrote
Amigo Almeida!!
Não podia concordar mais contigo em relação a essa cena do consumismo do Natal. É perfeitamente ridiculo aquilo em que se tornaram "as compras de Natal". Se querem dar prendas e celebrar o facto de gostarem uns dos outros, porque é que as pessoas não estão juntas mais vezes por ano, dão uma prenda quando lhes apetece e não porque a loja X está com umas coisas giras do Natal??
Mas também não podemos ser tão extremistas, por outro lado. A tradição das prendas vem dos reis magos (esses consumistas).
Eu gosto bastante do Natal: das luzes, as musicas, a familia a missa do galo e o madeiro. Mas gosto mesmo é de estar à lareira, a conversar...
Então e treta das mensagens por telemovel a desejar "Feliz Natal"? Há um gajo qq que inventa uma mensagem bonita mas ao mesmo tempo pirosa e depois essa mensagem corre milhares de telemoveis para encher os bolsos de alguém. Meus amigos, escusam de me enviar um "BOM Natal" tipo frase feita pelo telemovel. POu é personalizada ou não leva resposta!! Vou telefonar a algumas pessoas especiais e isso sim, são os tempos modernos...quem se lembra dos postais de natal, via carta!??
Um abraço a todos
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