quinta-feira, fevereiro 12, 2009

SILÊNCIO

Porque o silêncio também é uma forma de expressão...
Caros amigos Margaritenhos, depois de largos meses sem a transcrição de qualquer palavra no nosso blog, serve o presente post para traduzir o meu estado de espirito perante aqueles que foram e continuam a ser meus amigos (nota: a amizade é mais importante que qualquer coisa, que o silêncio, que as famosas farpas, que uma ou outra opinião mais contraditória sobre diferentes pontos de vista ou o estar ou não presente em qualquer encontro...é um sentimento).
É verdade que devido ao pouco tempo disponivel nunca coloquei neste blog os postes que por exemplo o Almeida e Serrote colocam (pensam vocês: "não interessa a quantidade mas sim a qualidade"), pois, mas mesmo assim, ultimamente e depois e aceso debate sobre um encontro de margaritenhos abstive-me de participar, não por a minha opinião não ter sido aceite, mas pela forma como as posições foram defendidas.
Meus amigos, a minha visão sobre aquele que foi para mim um constrangimento é o seguinte:
- Durante os cinco anos de Covilhã sempre me dei a vocês e partilhei com quase todos vocês (menos o Acácio que passava por outro paradigma) tudo o que era a minha/nossa vida académica, juntos nos bons e nos maus momentos.
- Sempre fizemos grandes incursões nocturnas, seja a diversos estabelecimentos comerciais, seja na borga ou no estudo (para não falar das tortulias mais ou menos acinzentadas realizadas num qualquer quarto à sexta-feira de manhã).
- Quem se lembra da primeira semana do caloiro, com noites passadas em branco, terminadas de casa em casa (tb no fim do mundo, não é Cruz) em busca de mantimentos que nos mantesse com forças para mais um dia.
- Quem se lembra das mil e uma voltas dadas num Fiat Punto a varias rotundas como se não houvesse amanhã.
- Quem não se lembra de ver o Salgueiro de costas para o Mundo na ANIL.
- Quem não se lembra de um Pilhas fugido e esbaforido na sua dialética de ida à Serra, em que o Prof. Almada o teve de ir buscar.
- Quem não se lembra das diversas incursões a Coimbra, Guarda e Viseu.
Pois é, muitos de vocês margaritenhos viveu comigo estas experiências sem dúvida enriquecedoras e que fez de nós aquilo que hoje somos.
Hoje, felizmente, muitos de nós vive num paradigma diferente. Por muito que queiramos existem coisas que não vamos voltar a fazer.
Hoje....
... o Serrote casou e tem uma filha...
... o Pilhas casou e tem uma filha...
... o Cruz vive em pecado com a sua Carrrrlinha...
... eu vivo em pecado mas já com um filho...(o que é mais grave)...lol
... Bidarra, Acácio e Tiago namoram, só mudaram de protagonistas...
...ah...esquecia-me do Almeida...tá mais atrasado, não mudou ainda de paradigma (talvez por isso seja o que escreve mais).
Como podem ver, muita coisa mudou e aqueles que ainda se regem pelo mesmo paradigma (sortudos ou não) têm de compreender isso para que todos nós possamos continuar a evoluir nas histórias, nas vivências e na amizade.
Para que todos nós possamos reflectir, aqui deixo esta carta aberta de coração aberto.
Cobra

14 comentários:

Cruz disse...

Bem retornado sejas camarada.
Agora só espero a carta aberta de resposta de Pedro Almeida:)
Um homem que ainda assina por cobra é porque ainda está vivo!
Espero que até breve, nem que seja por aqui, Rubens.

Pedro Almeida disse...

Caro amigo Cruz! As palavras do Cobra merecem a reflexão de todos! Contudo, sei que o seu teor não me era dirigido em particular... Mas é um bom principio de debate, principalmente para os velhos do restelo, avessos à evolução

Serrote disse...

Caro amigo,

Bem vindo novamente. Bom poder de sintese, humor refinado, alguma ironia e frontalidade. Quando quiseres falar sobre este assunto pessoalmente, estou disponível.

Nota: Há aí um margaritenho que muda de opinião consoante a sua condição... a ver vamos...

Grande abraço a todos

TiagoSalgueiro disse...

Ora sê bem vindo a este cantinho dos margaritenhos!
Realmente sempre achei estranho a tua ausência tão prolongada neste espaço.
Concordo ctg quando dizes que a amizade é mais importante que o silêncio, as farpas, as divergências de opiniões ou o estar presente em qlq encontro, que é 1 sentimento. Mas permite-me discordar que o tempo disponível possa ser um entrave para nos expressarmos ocasionalmente neste espaço. Julgo que tem mais a ver com o desejo e a pre-disposição de cada um para o fazer. Nunca fui hipócrita nem nunca o serei pq prezo a sinceridade com todas as pessoas com que me relaciono e lamento profundamente o facto de num espaço de 5/6 anos nunca ter recebido um mail vosso, nem de ser contactado quando vêm a lisboa, sabendo vocês que estou por cá há quase 4 anos. Será isto amizade? Porque é que o ponto de encontro de eleição é em portalegre? Porque é que não nos esforçamos todos (como eu e o acácio poe ex. já tentámos) para que nos encontremos de nos diversos locais onde cada um de nós se encontra a viver, tornando isso uma mais valia para o grupo em vez de ser visto como uma limitação? Neste momento todos nós como o ruben diz e bem, temos contextos de vida bem distintos. Se realmente existe amizade, todos deveriam ter o mesmo desejo em esforçar-se a vários níveis para demonstrar/transmitir esse sentimento.
Pergunto, isso tem existido? Aproveitando o testemunho do ruben, volto a dizer-vos o que disse à uns meses atrás, de que não acho nada agradável/ético considerar que este grupo de 8 marmanjos são amigos hoje em dia! Sou o mais sincero que posso e devo ser com vcs quando digo que eu pelo menos não sinto isso dessa forma generalizada, como vcs costumam pôr a situação. Há relações e relações como é natural, mas sejamos então honestos e frontais uns com os outros! Sempre que posso (e não são nem de perto as vezes que eu desejaria) estou com vcs pq quero, pq gosto de vcs! E não apenas pq faço parte de um grupo com uma designação toda gira, em que na realidade alguns dos seus elementos mal se vêem e mal se contactam! Acho que à medida que o tempo foi passando foi-se tornando cada vez mais evidente as enormes diferenças relacionais existentes dentro do grupo, o que proporciona que esse grupo de desintegre lentamente ao longo do tempo e permaneçam apenas as amizades que realmente existiam e existem à parte do âmbito deste grupo. Tudo isto é natural que assim seja! Vamos é ser conscientes disto e ser coerentes entre nós relativamente ao funcionamento do grupo, porque acima de tudo somos pessoas que de uma ou outra forma já partilhou experiências e sentimentos e pretende continuar a fazê-lo!

Grande abraço para todos!

Pedro Almeida disse...

Permitam-me que não concorde nada, mas mesmo nada com os últimos comentários. Vinha para responder ao último, que passou a penúltimo. Assim sendo responderei ao penúltimo e ao último (sem qualquer desprimor pela ordem cronológica com que o faço).

Aqui vai:
Para o Serrote: de facto, muitas vezes, "lêmos" um texto e interpretamo-lo à luz dos nossos olhos. Por isso mesmo, a minha interpretação será à luz dos meus, aquela que eu acho que está certa.
Assim sendo, quero refazer a história:
- em novembro de 2007 começou a organizar-se o habitual encontro de margaritenhos. Houve, da parte de um, talvez radical demais, admito, a posição de que só iria se a "sua mais que tudo" também fosse. Gerou um chorrilho de controvérsia. Eu, nada dado a indefinições coloquei a minha posição. Não concordo, mas prefiro a presença de um margaritenho com a sua "mais que tudo" que a sua ausência. Fui, maliciosamente, como o estou a ser agora, acusado de ter um comportamento dúbio. Mas o meu comportamemto mantem-se e manter-se-á. Prefiro a presença de um margaritenho, acompanhado ou não, que a sua ausência. Quer-me parecer, por isso, que a acusação de eu mudar de opinião mediante a situação é infundada. Mas eu assumo o que digo. Já quem me acusa fica-se por um "quando quiseres falar desse assunto pessoalmente, estou disponivel". Ora onde está a coerência de quem a proclama aos outros? Que motivos terá para só querer tratar o assunto pessoalmente, não manifestando, clara e abertamente a sua posição? É a velha história de só conseguirmos ver o cisco no olho do outro...

Quanto ao Semedo Salgueiro, custa-me a interpretar tudo o que diz. Não por dificuldades de leitura, até porque tem uma escrita de grande nível, mas porque não bate a bota com a perdigota. Passo a explicar: a amizade é uma parceria: dá-se e recebe-se. Será que o facto de teres tentado, presumo uma vez ou outra, com o Acácio, encontrarem-se, é por si só, motivo de critica aos outros por nunca o terem feito? Não me parece. Claro que num grupo de 8 pessoas haverá sempre ligações mais fortes fruto da personalidade de uns e de outros. Contudo e por mais que o tempo passe e a distância aumente nunca colocarei esse cenário negro de amigos que são hoje quase conhecidos. Não! Para mim, vocês os 7 (porque não poderia ser outro número) continuam a ser os meus amigos! Independentemente de estar convosco ou não! Claro que há atitudes que nos fazem reflectir. Depois de ter colocado três\quatro posts no blog, houve uma noite que recebi durante muito tempo mails teus. Daqueles pré-fabricados. Pergunto, quanto tempo gastaste a colocar um cometário ao que se tinha escrito no blog entretato? 0! Fiquei triste. Mas mesmo assim, continuei a achar que continuávamos a ser 8... Com todas as virtudes e defeitos. Por isso me custa a entender algumas das tuas frases! Até porque, para recebermos, tambem temos que dar...

E nós temos uma vantagem... Independentemente de tudo, somos os margaritenhos! E não é só o nome pomposo, como afirmas que sobra... É muita amizade, que possivelmente não tem podido ser colocada num patamar mais elevado, mas que na sua essência, nunca deixou de exisitir!!
É a partir pedra que nos entendemos e desenvolvemos. E como diria o outro, do caos nasce a (nossa) ordem!
Abraços

Rubio disse...

Caros amigos.
Em primeiro lugar, quero dizer ao meu amigo Serrote que estou sempre disponível para falar contigo sobre este ou qualquer outro assunto, não esqueço que durante cinco anos de faculdade tivemos muitos bons momentos com alguns diálogos mais ou menos acesos, mas que no meu entender contribuíram para que hoje sejamos simplesmente...amigos. Como prova disso, no próximo fim-de-semana aí estarei eu, com a minha “nova” família, de alma e coração para que possamos passar um bom momento.
Em segundo lugar, quero dizer-vos que, se por um lado fico contente por se ter gerado aqui algum debate que considero importante para o grupo, por outro fiquei triste por algumas considerações prestadas pelo nosso amigo Tiago.
Aqui concordo inteiramente com o nosso amigo Almeida. Provavelmente o que precisamos de homogeneizar é o conceito de amizade que cada um tem. Se para uns implica uma presença quase diária dos amigos, para outros basta que todos nós saibamos que o somos (com as virtudes e defeitos de cada um) e que estaremos sempre aqui para o que der e vier.
Não querendo entrar no pormenor mas não deixando de responder mais directamente ao amigo Tiago, vou apenas dar alguns exemplos que fazem dele meu amigo e alguns exemplos, que segundo o seu entender, nós não o somos.
Porque somos amigos:
- Apoiámo-nos no estudo de várias disciplinas.
- Partilhámos a mesma casa, diversas refeições e conversas que fizeram conhecermo-nos melhor.
- Partilhámos momentos de alegria e de convívio.
- Partilhámos confidências dentro de um grupo de amigos.
Porque pelas tuas palavras não o somos:
- Eu não tenho o teu mail assim como tu não tens o meu.
- Não sei se alguma vez falámos ao telefone, nem sei se tens o meu número.
- Não sei a data do teu aniversário assim como tu não sabes o meu (possivelmente também nunca fizeste o esforço para saber).

Agora queres saber uma coisa, valorizo a parte do "porque somos amigos", porque considero que é isso que faz sentido, como o Almeida diz, é a partilha, o dar e receber. Aquilo que foste para mim e o facto de nunca me teres desiludido como amigo e como ser humano que és, é que faz com que eu te considere meu amigo.

Quanto a outras considerações que fizeste, tendo o acima descrito como pressuposto, não me vou pronunciar neste momento porque não sairíamos daqui com argumentação de um lado e de outro, pelo que guardo isso para falarmos pessoalmente.

Um abraço

Cobra

Serrote disse...

Vou levar luvas de boxe para S.Pedro...

Acácio Farinha disse...

Eu vou resumir isto tudo (de uma forma simples ;-)): temos andado ausentes uns dos outros, pelos mais diversos motivos. O grupo existe. Todos têm vontade de o manter. Então vamos agir. E agir é estar em S. Pedro do Sul, nem que seja um dia, uma noite, meio dia, duas horas...chega para matar saudades, chega para dizer presente!!

Cruz disse...

Muito aceso o nosso blog se encontra. Apenas desejo que com todas as diferenças existentes (que sempre existiram),com toda a distância que existe ou se criou (sendo que se calhar noutras alturas não foi menor) continuemos a respeitar as nossas diferenças e a pacificar os nossos maus pensamentos (normais) que surgem quando as desilusões acontecem.

Abraço a todos
P.S.1. espero que gostem deste pequeno comentário de apaziguamento

P.S.2. Tenho pena de falhar o próximo encontro... isto promete:)

TiagoSalgueiro disse...

Porreiro. Discute-se o que é amizade para cada um e entende-se melhor que tipo de relações existem. Muito positivo!
Apercebi-me que vcs interpretaram os meus comentários de uma forma altamente perjurativa, que não era de modo algum nesse sentido que os fiz. Sou demasiado frontal com todas as pessoas e por vezes transmito os meus pensamentos de uma forma "nua e crua". Sou assim, perfiro assim. Tudo o que disse foi no sentido de transmitir a minha perspectiva pessoal do grupo. Como é lógico cada um terá a sua. Dentro da possibilidade que o meu contexto de vida me permite estar ou comunicar com vcs, sei que tenho feito aquilo que posso para manter/desenvolver o afecto que tenho por vcs. Almeida, tenho pena que consideres que "não bate a bota com a perdigota". É-te legítimo, mas eu nunca considerarei de tal forma as tuas opiniões/expressões.

Almeida, a forma como interpretaste o facto de eu ter enviado numa dada noite vários mails "pré-fabricados" como lhes chamas e não ter comentado alguns dos teus posts aqui do blog, para mim entristece-me. Sinceramente. Não comento todos os posts e acho isso natural e geral. Eu envio muito poucos mails e qd os envio é pq de alguma forma pretendo que representem/simbolizem um gesto, uma iniciativa de amizade para com aqueles que sabem quem são. Cada um interpreta como entender melhor.

Eu tenho uma enorme estima por todos vcs, existe um laço afectivo muito importante que nos une, fruto de todas as experiências partilhadas numa época tão especial como foi a nossa cova da lã, e que eu, como todo o grupo, pretendo que se fortaleça ao longo da vida, vida esta que tem várias etapas, cada uma com contextos muito próprios e específicos.
Por razões intrínsecas e pessoais, fui 1 puto muito inconsciente em grande parte da etapa universitária relativamente a muita coisa, tendo gerido muito mal a minha vida universitária, digo-o de forma perfeitamente natural e sei que vcs concordam.

As pessoas por inúmeros factores têm evoluções distintas ao longo da vida e eu sei que naquela altura, que foi onde nasceu e se desenvolveu a nossa relação, eu não vos conheci como poderia nem vcs a mim. É a vida. Isso já não posso alterar. Há 2 anos atrás diagnosticaram-me uma depressão que ainda estava bem instalada e que concluiu-se que terá sido originada por fenómenos que ocorreram comigo durante a universidade (obrigado almada). O que é facto a partir do momento em que tomei consciência desta depressão e comecei a resolvê-la meramente por mecanismos cognitivos e comportamentais, sinto que mudei bastante. Estou diferente (para melhor julgo ;)) e se naquela altura não tive a maturidade suficiente para compreender o que são relações de circunstância e o que são relações de amizade, hoje penso que tenho plena consciência das diferenças existentes.

Mas estruturei o conceito de amizade de uma forma muito própria!
E foi neste sentido que escrevi o anterior comment. Se para mim amizade representa uma ligação sentimental forte, cumplicidade total, dedicação constante, então eu não podia considerar-vos a todos meus amigos. Muito por culpa minha na fase universitária sem dúvida, mas que agora ainda mais difícil se tornou por força das circunstâncias reconhecer estes 3 principais pilares da amizade que referi em cima na relação que tenho com vcs.

Resumindo e concluindo, curto-vos bué a todos e tem sido complicado estar com vcs. A minha atitude é e será sempre a de fortalecer esta relação e não a de enfraquecer. Daí ter achado importante expressar o que representa a amizade para mim e aquilo que vinha a sentir que era a relação que tenho com vcs, sempre no sentido de me compreenderem melhor e de eu vos compreender melhor a vcs, pq considero que isso torna as relações mais credíveis, masi reais. Eu sou assim, o que hei-de fazer? ;)

Agora reparem como vão ficar todos fo... cmg com aquilo que vou dizer!
Acho que afinal não devo poder ir a SPS como inicialmente vos tinha dito! Só poderei confirmar daqui a 1/2 semanas. Só posso adiantar que é por 1 motivo bastante especial e que muito em breve anuncio aqui neste nosso cantinho qual é!

Abração para todos

PS: Sorry pelo testamento de jeová que acabei por escrever na fluidez dos sentimentos ;)

Serrote disse...

Bem...

Vamos fazer um ponto da situação:

Conhecemo-nos na UBI. Viemos todos de locais diferentes do Pais, de famílias diferentes com educações diferentes. Convivemos durante 6 anos de forma intensa, com grandes momentos de amizade, algumas divergências e muitos sentimentos partilhados. Evidentemente que 8 pessoas têm que ter visões diferentes da vida, da sociedade, do amor, da amizade, da família, enfim...perspectivas diferentes mas que se complementam, porque, como diz Manuel Sérgio, "A verdade é o todo".
Passámos momentos fabulosos, como as idas à Guarda e mais especificamente à casa do Ti Toneca, a Coimbra ver os Santos e Pecadores, os momentos na Arca (tantos...), no Primor (aquelas cervejas...), o Sol Verde, tantos e tantos momentos que partilhámos naqueles corredores da UBI...

8 amigos que aprenderam a lidar uns com os outros...

8 amigos que comungaram valores tão importantes como a partilha, solidariedade, companheirismo e amizade...

8 amigos que nem sempre tiveram de acordo...

8 amigos que se zangaram nalguns momentos e que se reconciliaram porque a amizade é assim...

8 amigos, (e digo amigos porque sinto que somos mesmo amigos, apesar de existirem mais afinidades entre alguns, como não podia deixar de ser...) que partilharam as suas vidas num determinado momento...

8 amigos que após sairem da Universidade trilharam rumos diferentes, criaram as suas próprias famílias (alguns já criaram e outros estão prestes a criar...), conheceram outras pessoas e iniciaram o seu percurso profissional...

Mas como tudo na vida , há momentos em que é preciso repensar as nossas atitudes, as posturas perante os outros e por vezes "dar o braço a torcer".

Eu faço mea culpa por não ter feito mais esforços por vos reunir, por não ter aparecido no aniversário do Tiago Salgueiro no dia 25 de Julho de 2007 quando nos convidou aos 7 para irmos até Lisboa. Sei o que significa organizar um qualquer evento ou iniciativa e as pessoas não corresponderem... não é bom. Compreendo de alguma forma o Tiago, quando se sente triste por estar em Lisboa há cerca de 6 anos e ainda ninguém lhe ter dito nada... Também já fui à Covilhã e não disse ao Bidarra por circunstâncias que não vêm agora ao caso, outras disse... Fui ao Algarve este último Verão e não liguei ao Ruben que estava ali tão perto, mas já o tinha feito noutras circunstâncias... estive em leiria e não liguei ao Cruz, para ser sincero, naquela altura estava num casamento e não pensei que fosse possível encontrá-lo... fui a Lisboa e não disse ao Pilhas, mas tb já fui a casa dele...

As amizades, para mim, são como as plantas, há umas que precisam de ser regadas todos os dias senão secam e outras que sobrevivem no deserto...

No nosso grupo existem amizades de todos os tipos, precisamos é de perceber isso e tentarmos dar, cada um de nós, o nosso melhor para que as plantas que precisam de ser regadas não sequem...

Por mim, vou continuar a fazer o possível para nos reunirmos, pelo menos uma vez no ano como disse naquele 1.º Jantar Margaritenho.

Caros amigos, termino esta dissertação com um apelo:

Tentemos comprender o próximo, perceber que ele também terá a sua razão e a partir de agora mudarmos um pouco a nossa atitude, indo ao encontro das daquilo que nos faz estar aqui a escrever e a responder aos comentários dos outros - A NOSSA AMIZADE!

Espero-vos no fim-de-semana no 1.º aniversário da Maria Constança.

Grande abraço a todos

Filipe Mouzinho Serrote

Acácio Farinha disse...

Quando tiverem duvidas do que é ser amigo de alguém, do que é amizade, do que é gostar dos amigos e fazer tudo por eles...leiam o post do Serrote. Está sublime e, diz tudo!

Pedro Almeida disse...

Concordo com o Acanácio, mas penso não ser preciso ir tão longe... Cada um de nós sabe isso certamente, sem ler tal texto, com o qual concordo...

TiagoSalgueiro disse...

Serrofes, concordo com tudo aquilo que disseste! Permite-me apenas dizer que, e fazendo referência à analogia por ti utilizada entre as amizades e as plantas, julgo que aquilo que todos nós pretendemos é que as nossas "plantas" se desenvolvam da melhor forma possível e que por isso todos nós somos responsáveis pelo desenvolvimento de cada uma delas, correndo o risco de algumas delas "murcharem" aos poucos, caso não recebam o tratamento adequado às suas características.
O significado do conceito de amizade é algo muito pessoal de cada um e julgo que seria errado considerar que todos devem atribuir o mesmo significado a este conceito.
O que me parece sim extremamente importante, é que cada um compreenda os outros (como disseste e muito bem a meu ver) e compreenda que tipo de "planta" existe relativamente a cada um, respeite as diferenças e actue da forma que julga ser para si, aquela que melhor "rega" cada uma das "plantas", seja ela qual fôr!

Grande abraço para todos.

PS: Tenho pena de não poder estar com vcs este fds e festejar o 1º aniversário da tua filhota!