terça-feira, novembro 13, 2007

Ainda o 3º Jantar


São onze horas de sexta-feira. O Serrote e o Almeida procuram insistentemente entre as estradas portuguesas aquela que os conduz a Proença para me vir buscar. Já passados com tanto conduzir “para traz”. Lá me encontram e lamentam o tempo perdido. “Tu já viste o tempo que já perdemos? Já podíamos estar na Covilhã há muito tempo, como o Cruz e o Bidarra”. Lá os aturo e digo que sim. Fazemos 100 quilómetros onde certo assunto, não devia ser falado, porque quase tudo já havia sido dito. Almeida insiste em não falar mas lá trocamos 3 ideias e a coisa morre.
Chegados à ANIL, verifica-se que há dois meninos que não jantaram. Um porque teve treino e não teve tempo. Outro porque se esqueceu, repito, esqueceu do prato da comida dentro do micro-ondas. Não vou revelar a identidade do outro, fica ao critério de quem ler. Lá comemos a bifana e acompanhada da bela imperial, e todos contentes lá entramos na ANIL, não sem antes poupar alguns euros com a “tanga” dos antigos alunos e alunos de mestrado.
Lá dentro foi o desfilar de emoções que já vêm sendo hábito sempre que a este local regressamos. As pessoas trajadas, os bares, a cerveja, os amigos e, Quim Barreiros. Eu, o Serrote e o Almeida somos os primeiros a chegar, só depois o Cruz e o Bidarra. Momento de reencontro e lágrimas internas que ninguém vê mas que sente por diversos motivos, sempre na ala direita, reservada a CD. Finos são vê-los andar e diz, quem os contou, que eram muitos. Mais uma volta mais uns finos, sempre no mesmo bar. Altas horas e indo para o “ninho” improvisado, há quem se lembre de aspirar a casa. São horas de aspirar? Ai álcool, deixa os meninos.
Acordados na manha de sábado, é hora de recordar as velhas pizzas do Tortozendo, e, aturar a boa disposição da senhora, para variar! De realçar que o telefonema X aconteceu nesta hora. Papo cheio, chega a primeira divergência. A ida à serra da estrela. Dois votos a favor dois contra e um que diz (como sempre) nim. Pelo peso do programa, e com uma rodada de minis, lá arrancamos em direcção ao alto de Portugal. Depois da “foto pôr-do-sol” é hora de provar os queijos e presuntos todos e não comprar nada! O lanche é já ali. Mas eis que Filipe Serrote se lembra de comparar pantufas. Como não sabe o número que calça o seu rebento e como também não sabe quanto calça o “pezinho mais sexy do Alentejo”, resolve comprar 18 pares, algum há-de servir. Com tanta generosidade, acabamos por comer presunto, queijo e beber vinho. Um show! É hora do jantar. Antes porém, o visionamento de dois filmes. Um que foi um resumo de 13 minutos da nossa bela viagem, editado por mim ao qual assistimos com vaidade. Depois apenas algumas cenas para abrir o apetite, do filme que rola ai pelos cinemas e, dizem, candidato a 5 Óscares. Não me recordo agora do nome… Jantar no senhor D. Papão, e claro papo cheio outra vez. Desta vez de comida e de boa disposição e muitas gargalhadas. Muitas mesmo. Tanta história. Vamos para a ANIL, cravamos mais um bilhete de antigos alunos e chega o momento de reencontrar pessoas. Se me esquecer de algum, peço desculpa: Catarina Oliveira, Sílvia Redondo, Rita Felício, Teresa Jardel, Hélder Correia, Michelle, Miguel Vitoria, Travassos, João Caboz, Caparica, etc., e, … XORSE! Pois é grandes guitarradas e grandes pianadas, mas muitos movimentos descoordenados. Grande voz tem o XORSE! Finos! Muitos! Havia um que para não acertar na casa baixava, só que acertava no comboio que passava entretanto (na sua cabeça). Que falta de sorte! Por entre voltas, amigos e finos, acaba a noite.
Domingo erguidos, almoço rápido no Serra Shopping para não demorar muito e praticamente chega ao fim o III Jantar!
Tenho pena de não termos sido 8. Nunca seremos. Nunca fomos, excepto numa semana específica. Passa rápido o tempo na Covilhã. Na Covilhã não há tempo, há memória. Memória de um tempo que não volta nunca mais. Porque não tem de voltar, pois o seu lugar é no passado, mas que, é exuberante recordar…

3 comentários:

Serrote disse...

Muito, muito bom!
É verdade Acácio, o tempo não volta nem tem que voltar, temos é que o recordar.
Foram momentos fantásticos que são recordados sempre que voltamos à nossa Covilhã. E, sem dúvida que vale a pena continuarmos a insistir neste e noutros encontros, porquea nossa amizade é daquelas!!!

Grande abraço

Cruz disse...

muito bem camarada.
Belos apontamentos!!

TiagoSalgueiro disse...

Farinácio, acanácio, ou seja lá o que fôr, a forma muito própria de lidar com os sentimentos que todos nós te reconhecemos desde sempre, e a tua capacida de escrita, "deram à luz" um texto muito interessante!
"Tenho pena de não termos sido 8. Nunca seremos. Nunca fomos, excepto numa semana específica"!!! A mais pura das verdades que nos acompanhará sempre amigos!